O artigo “How to Lead Through a Crisis” foca-se no que os líderes devem fazer e adotar quando são confrontados com uma crise. Assim sendo, são forçados a pensar e agir de maneiras que não lhe são muito familiares e torna-se necessário que adotem um plano de resposta às emergências, adaptando-se aos novos fatores e evidências que vão surgindo.
Este, está dividido em três grandes partes. A primeira aponta as 5 ações, que segundo Gene Klann um líder deve adotar perante uma pandemia (atualmente o COVID-19), uma vez que esta provoca interrupções na economia global. Essas passam por: procurar informações credíveis; usar canais de comunicação apropriados; explicar o quê que a organização está a fazer perante a crise; estar presente e disponível e, dedicar recursos organizacionais para crises futuras.
Relativamente ao procurar informações credíveis, é importante, segundo Klann evitar informações de apenas os medias e, no caso do Coronavírus, consultar os serviços de saúde estatuais e locais, como a Organização Mundial de Saúde, que fornece atualizações contínuas, como também Centros de prevenção da doença, de forma a tomar medidas, quer em casa, quer em estabelecimentos de ensino, conforme o caso.
Quanto a utilizar canais de comunicação apropriadas, torna-se fundamental, uma vez que a informação tem o poder de: reduzir o sofrimento emocional causado pelo desconhecido; diminuir o medo; fornecer orientação e demonstrar aos funcionários que os seus líderes estão preocupados e envolvidos e tomam conhecimento regular de toda a situação. Klann, acrescenta que as informações devem ser vistas com os 3 Rs: revisar; repetir e reforçar.
O explicar o quê que a organização está a fazer durante a crise deve-se ao tempo ser comprimido. Assim, o líder deve “assumir o comando” e ser pro ativo e tomar iniciativa. No caso do Coronavírus, segundo Klann, deve optar por reduzir viagens aéreas, pedir a mais pessoas para trabalhar em casa, colocar desinfetantes em locais estratégicos dentro das instalações da empresa, reforçar para que aqueles que apresentam tosse para ficarem em casa e limpar os espaços com maior frequência.
Na perspetiva de Klann, os líderes devem estar mais disponíveis e acessíveis, uma vez que durante uma epidemia, os funcionários necessitam de ouvir os seus líderes. Quando os líderes se encontram calmos, preocupados e responsáveis, os trabalhadores ficam mais incentivados e confiantes de que as coisas estão sob controle e que ficarão bem.
Por fim, é fundamental dedicar recursos para futuras crises, já que à medida que qualquer crise passa da fase urgente, a pressão do tempo diminui, assim como a necessidade de decisões em frações de segundo. Deste modo, o plano deve evoluir para um sistema mais complexo que analise a recuperação e volte ao normal – seja qual for a nova aparência normal.
A 2ª parte do artigo, refere-se ao facto de os relacionamentos serem cruciais durante uma crise. Klann considera que para líderes de crises eficazes devem seguir os seguintes aspetos: enfrentar as suas emoções (ajudam na resiliência individual e em grupo); mostrar respeito (tratar as pessoas com consideração e preocupação); fazer conexões (reforçar a coragem, moralidade ou outros princípios que esteja associado à resposta à crise) e manter-se positivo (a atitude de um líder é contagiosa).
Por fim, a 3ª parte realça quatro maneiras para manter a calma durante uma crise. O líder, também deve cuidar de sim. Essas quatro maneiras passam por: pensar no hoje (viver a crise um dia de cada vez); focar no positivo (evitar pensamentos e conversas negativas); praticar técnicas de relaxamento e de meditação e, priorizar e focar no que é realmente importante (manter reuniões; ser mais assertivo; dizer “não” com mais frequência e ser mais consciente de como gerir o tempo e prioridades e, ignorar tarefas secundárias).