LIDERANÇA HERÓICA OU FUTURO ATRAENTE

Quando falamos de liderança, tantas vezes confundimos (ainda) com o exercício de gestão. Há receios dos avanços tecnológicos ocuparem o lugar das pessoas no futuro. Sabemos que as “emoções” são o TEMA. Que líder precisamos hoje?

Já tanto foi e é escrito por especialistas em todo o mundo sobre a temática da liderança. Tantas palestras, formações, comunicações, partilhas em empresas e círculos de especialistas, nas redes sociais e o que vemos na nossa realidade, o que escutamos à nossa volta?

A prática da liderança nas organizações e instituições da sociedade, está mais próxima dos atos de gestão e está a influenciar a decisão  e a estratégia futura?

É um velho paradigma que continua novo. Precisamos de uma liderança “heróica, onde o líder é em si um inspirador, é corajoso e humilde, é honesto com os seus principios e valores e talentoso com as suas habilidades e conhecimentos. Este líder lidera outros líderes, é assim que ele vê a sua equipa, os seus colegas.”

Todos somos líderes, todos temos talento, ninguém nasce líder na sua verdadeira essência!

Há pouco tempo, assistia a uma reportagem televisiva em que um grande líder da sociedade atual –  isto por altura do Web Summit em Lisboa – respondia às questões do jornalista sobre a temática da liderança e a AI – Inteligência Artificial, e este líder oriental com grande sucesso de carreira na área tecnológica dizia que “só sou o líder que sou hoje porque tenho à minha volta outros líderes com mais conhecimentos e com ideias distintas da minha!”.

Acreditar no outro, na sua essência enquanto pessoa, no que tem de melhor e deixar esse individuo crescer, partilhar, errar e continuar – é tão simples e heróico!

Hoje falamos tanto de tecnologia, do avanço tecnológico, da AI – Inteligência Artificial, da sociedade do futuro, da Internet das Coisas, … são tantas “buzzword” e pouco falamos (ainda) da liderança heróica, esta liderança que acredita que cada pessoa é um líder porque tem algo para dar aos outros. Há receios da “máquina” substituir o ser humano. Acredito que ela, a “máquina”, está para nos ajudar a focar no que de mais importante existe no mundo, as PESSOAS!

O que queremos fazer, enquanto líderes? O que já está a fazer, hoje? Qual é a sua responsabilidade?

Nélia Vicente, Partner, Big Experience