1-Qual a ideia que esteve na origem do livro «Aprender Importa»?
R- Antes de mais como em muita coisa na vida foi um desafio que apareceu e como é nossa natureza, perante um desafio decidimos abraçá-lo. Depois começámos a sonhar sobre que tipo de livro devíamos construir e rapidamente chegamos à conclusão que teria que ser alguma coisa que representasse, por um lado, a nossa experiência e, por outro lado, dar a conhecer o que se faz nas organizações em Portugal. Consideramos que existem poucos exemplos do que é feito nas nossa empresas e, de facto, temos muitos bons exemplos de formação em Portugal. É preciso cultivar o que de bom se faz por cá e dar a conhecer a nossa realidade.
2-Como se caracteriza a situação em termos de práticas de formação nas organizações portuguesas?
R- Temos um tecido empresarial onde muitas vezes a formação (ou o desenvolvimento das pessoas na organização) é visto, ainda, como um custo e ainda consideram que os resultados têm que ser rápidos (de curto prazo). Nos últimos anos começou a haver diferenças e cada vez mais há empresas que percebem que é estratégico manter uma linha de continuidade na formação das suas pessoas porque identificam que há mudanças, tendencialmente, não são feitas num abrir e fechar de olhos. É preciso perceber que na estratégia de crescimento de uma organização, o desenvolvimento das suas pessoas é crucial para crescer e depois manter o nível atingido.
3-O que evidenciam, em termos de boas práticas, os casos de sucesso que reuniram nesta obra?
R- Cada vez mais existem empresas em Portugal que olham para a formação e as suas pessoas como um diferenciador estratégico para com os concorrentes e isso é o que vai fazer a diferença. Num mundo global as nossas empresas estão a competir com empresas de outros países e por isso é necessário grande resiliência e capacidade de adaptação às mudanças repentinas (veja-se o que aconteceu nos últimos 2 anos). Se as empresas não atuarem de uma forma consistente e em linha com os Valores reconhecidos pelos seus stakeholders (internos e externos) irá ter dificuldades na retoma da “normalidade”.
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Nélia Vicente/Paulo Cópio
Aprender Importa
Editora RH